domingo, 19 de dezembro de 2010

Yamandú Costa


Violonista. Compositor.

Filho da cantora Clari Marson e do multiinstrumentista e professor de música Algacir Costa, violonista e trompetista do grupo Os Fronteriços, falecido em 1993.

Com primos e tios músicos, cresceu em ambiente musical.

Seu nome vem do tupi-guarani e significa, entre outras coisas, "Senhor das águas".

Aos quatro anos já era uma criança prodígio, participando de programas de rádio e chegando a gravar um disco em Porto Alegre. Por essa época, seu pai alojou o amigo e violonista argentino Lucio Yanel, que logo despertou a atenção do menino para o violão, tornando-se seu primeiro mestre.

Dos 7 aos 15 anos estudou violão. Por essa época, fez parte do grupo Os Fronteiriços, integrado por seu pai, tios e primos.

Morou em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

É considerado por Paulo César Pinheiro, Toquinho, Armandinho, entre outros, como descendente da escola de Meira, Dino Sete Cordas, Baden Powell e Raphael Rabello.

Toca violão de seis, sete e oito cordas.



Em 1996, Baden Powell passou por Porto Alegre para um show e o convidou, na época com 16 anos, para uma participação. Logo depois, a convite do maestro Nelson Ayres, foi para o Rio de Janeiro e com o cachê recebido decidiu ficar mais alguns dias. Passou a dividir o apartamento com o também violonista Zé Paulo Becker, do Trio Madeira Brasil.

Como convidado, tocou com Paulo Moura, Maurício Carrilho, Armandinho e Dino Sete Cordas, entre outros nos vários shows no Rio de Janeiro.

Em 2001 foi o vencedor do "4º Prêmio Visa de MPB - Edição Instrumental". Neste mesmo ano, pela gravadora Eldorado, lançou o primeiro disco. No CD incluiu "Brejeiro" (Ernesto Nazareth), "Gauchinho" (Rubens Leal Brito), "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira), "Flamengo" (Bonfíglio de Oliveira), "Machucando" (Adalberto de Souza) e "Meu avô" de autoria de Rafael Rabello, além de composições próprias: "Cristal", "Chamamé", "Chorando por amizade", "Mariana", "Galderismo" e "Bahia X Grêmio", esta última em parceria com Armandinho. O disco ainda contou com as participações de Maurício Carrilho, Luciana Rabello, Tuninho Carrasqueira, Celsinho Silva, Beto Cazes, Oscar Bolão e Silvério Pontes, entre outros. Ainda em 2001, gravou com o violonista Lucio Yanel o disco "Dois tempos", no qual ambos interpretaram choros "Brejeiro" e composições tipicamente gauchescas como o tango "Dois tempos", além de "Dr. sabe tudo", "Cristal" e "Brasiliana" do repertório de Radamés Gnatalli.

Em 2002 fez show no Canecão, Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, como convidado do violonista Weber Lopes, participou do "Projeto Conexão Telemig Celular de Música", no qual se apresentou no Teatro Rival BR. Ainda em 2002, ao lado de Big Joe Band, Léo Galdelman, grupo Master Groove, Nuno Mindelis e Keny Brown, participou do "5º Visa Búzios Jazz & Blues", na cidade litorânea de Búzios, no Rio de Janeiro.

No ano de 2003, foi um dos convidados do violonista francês, radicado no Rio de Janeiro, Nicolas Krassik, para participar do "Projeto Choro na Lapa", no Ballroom, no qual o violonista recebeu músicos brasileiros. Ainda em 2003, em dueto com Paulo Moura, participou como convidado do "Festival Drink Café", do Quiosque Drink Café, na Lagoa, no Rio de Janeiro. Foi lançada em São Paulo a coletânea do bar Villaggio Café, na qual foram compiladas algumas gravações de apresentações de Guinga e Banda Mantiqueira, Filó Machado, Nélson Angelo, João Pacífico e Oswaldinho Vianna e Yamandú Costa, entre outros. Nesse ano, foi uma das atrações, juntamente com Altamiro Carrilho, Cristóvão Bastos e o grupo Nó em Pingo D'Água, no "Festival Estácio de Choro", apresentando-se na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Foi o convidado especial para o centéssimo programa "A vida é um show", de Luís Carlos Miéle, na TV Educativa, do Rio de Janeiro.

Em 2004 voltou ao programa "A vida é um show", desta vez convidado da apresentadora Cuca Lazarotto.



Lançou neste mesmo ano o CD "El negro del blanco" em parceria com Paulo Moura, no qual interpretaram composições de João Pernambuco ('Sons de carilhões'), Jacob do Bandolim ('Simplicidade'), Severino Araújo ('Um chorinha na aldeia'), Raul de Barros ('Na Glória'), Baden Powell ('Samba da benção' e 'Pra que chorar' - em parceria com Vinicius de Moraes, e ainda 'Lapinha', em parceria com Paulo César Pinheiro), Marianito Mores ('Taquito militar'), Astor Piazzolla ('Decaríssimo'), Ataualpa Yupanqui ('Duerme negrito'), Violeta Parra ('Gracias a la vida'), Antonio Lauro ('Valsa venezuelana'), Sebastain Yradier ('La paloma'), Ibrahim Ferrr ('De camino de la verdad'), entre outros. O disco foi lançado no Espaço Modern Sound e no Bar Mistura Fina, ambos na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ainda em 2004 foi o vencedor do Prêmio Tim na categoria "Instrumental - solista". Apresentou-se em dueto com Armandinho no show 2004: Cordas - Yamandú Costa e Armandinho, no Teatro Rival Br, no Rio de Janeiro. Logo depois a dupla apresentou-se em Salvador e partiu para uma temporada na Rússia.



Em 2005 participou do documentário "Brasileirinho", do cineasta finlandês Mika Kaurismaki, radicado no Rio de Janeiro desde o início da década de 1990. Do documentário sobre o gênero 'choro' também fizeram parte Tereza Cristina, Elza Soares, Trio Madeira Brasil e Paulo Moura, entre outros. O filme foi lançado no "Fórum Internacional do Novo Cinema", uma das mostras paralelas do "Festival de Berlim", na Alemanha. Neste mesmo ano lançou o primeiro DVD "Yamandú Costa ao vivo", gravado em apresentação no Sesc Pompéia, em São Paulo. No DVD além de interpretar composições próprias, tais como "Paz de Maria", "Tango amigo" e "Tareco número 2", também incluiu clássicos como "Vou deitar e rolar" (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), "Suíte retratos" (Radamés Gnattalli), "Terra" (Caetano Veloso), "Disparada", de Théo de Barros e Geraldo Vandré. Os extras mostram Yamandu conversando com Hermeto Paschoal na Holanda; tocando com Armandinho em um programa de TV na Bahia; tocando acordeom num camarim em SP; experimentando violões na Espanha, além de fotos e imagens de sua carreira. Neste mesmo ano participou como convidado do disco "Pintando o sete", do também violonista goiano Rogério Caetano.





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