sábado, 31 de julho de 2010

Anda, Quero Te Dizer Um Segredo...



Em 1970, aos 18 anos de idade, participou do V Festival Internacional da Canção (FIC) com a música "Feira Moderna", composta em parceria com Fernando Brant. Nesse mesmo ano, essa composição foi gravada pelo Som Imaginário no primeiro LP do grupo, lançado pela Odeon, sendo sua primeira composição a ser gravada em disco.

Foi projetado nacionalmente por participar do Clube da Esquina, grupo formado por compositores mineiros, como Milton Nascimento (que apesar de ter nascido no Rio de Janeiro foi criado em Minas Gerais), Lô Borges, Márcio Borges, Fernando Brant, entre outros. O primeiro disco do grupo foi "Clube da Esquina", lançado em 1972, no qual participou tocando baixo, viola de 12 cordas, guitarra, percussão, atuando no coro, e cantando ao lado de Milton Nascimento as faixas "Saídas e Bandeiras nº 1" e "Saídas e Bandeiras nº 2", ambas de Milton e Fernando Brant, e "Nada será como antes", de Milton e Ronaldo Bastos.

Participou ainda do LP "Minas", de Milton Nascimento (um marco na carreira do cantor), com uma importante atuação na faixa "Fé cega, faca amolada", parceria de Milton com Ronaldo Bastos, onde sua voz soa "como um eco ao canto de Milton" (Cf. Jairo Severiano e Zuza Homem de Melo, "A canção no tempo" vol. 2, p. 210.), tendo alcançado popularidade no ano de 1975.

Em 1973, lançou, com Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta, o LP "Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta" (EMI-Odeon), que incluiu duas composições suas: "Caso você queira saber" e "Belo horror".

Seu primeiro LP solo, "A Página do Relâmpago Elétrico", foi lançado em 1977 pela mesma gravadora.

No ano seguinte, lançou o disco "Amor de Índio", um dos maiores sucessos de sua carreira.

Seu terceiro LP, "Sol de Primavera" (1979), alcançou também grande repercussão, principalmente com a faixa que dá nome ao disco, que recebeu letra de Ronaldo Bastos e arranjo de Wagner Tiso.

Na década de 1980, gravou os LPs: "Contos da lua vaga", "Viagem das mãos", "Alma de borracha" e "Beto Guedes ao vivo", todos pela Emi-Odeon. Os dois últimos, lançados em 1986 e 1987, venderam 200 mil e 400 mil cópias respectivamente.

Na década de 1990, lançou de dois discos, "Andaluz" (1991) e "Dias de Paz" (1999).

Em 2004, participou, ao lado de Gilberto Gil e outros artistas, da gravação do CD "Hino do Fome Zero" (Roberto Menescal e Abel Silva). Nesse mesmo ano, lançou o CD "Em algum lugar", com músicas inéditas.

Suas composições foram gravadas porvários artistas, como Elis Regina ("O medo de amar é o medo de ser livre", com Fernando Brant); Simone ("O sal da terra", com Ronaldo Bastos), e Milton Nascimento ("Canção do novo mundo", com Ronaldo Bastos), entre outros. (Dicionário Cravo Albim)









domingo, 18 de julho de 2010

Inspirações

Sem mais comentários!




Simplesmente quem admiro muito e me serve de base musical!

"De vez em quando,
Eu me pego aqui sismando assim,
Numa dúvida que não tem fim,
Solitariamente entro em mim.
E é bem então que o poder da criação vem mais,
Minha música me satisfaz,
Toda poderosa e cheia de luz
E é tão bom ver,
Que ela me ilumina e faz,
Minha Vida Valer!"

(Ela - Joyce) Álbum Tardes Cariocas de 1984





sábado, 10 de julho de 2010

Aquarela por mim!

Segue minha homenagem ao poetinha!




Resolvi de última hora, rs

Ainda sobre Vinícius!

Algumas grande interpretações!

Samba da Benção - Oswaldo Montenegro *



Soneto da Separação - Oswaldo Montenegro *



Canto de Ossanha - Elis Regina



Insensatez - Nara Leão



Eu Sei Que Vou Te Amar - Adriana Calcanhoto



Minha Namorada - Carlos Lyra



O Astronauta - Baden Powell



*Créditos à querida Patty que disponibilizou
tão sensacional material!

Obrigado Patty!

Até Jazz!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Vários Anos Sem o Poetinha


Vinícius de Moraes nos deixou há 30 anos.

E o mundo é mais triste depois
da sua partida. O grande parceiro de
Toquinho nos deixou em 1980.

Imortalizou centenas de clássicos
que hoje fazem parte do repertório
dos grandes nomes da música brasileira.

Podemos citar alguns como o tema do Brasil
no exterior, a incrível Garota de Ipanema,
Canto de Yemanjá, O Astronauta, Samba da Benção,
Tarde em Itapoã, Eu Sei Que Vou Te Amar, Primavera,
Canto de Ossanha.

Grandes composições nasceram junto a outro parceiro,
Baden Powell, Tom Jobim, Chico Buarque, Carlos Lyra,
Marília Medalha, Francis Hime, Haroldo Tapajós,
Edu Lobo e etc...

Há pouco tempo atrás tive o prazer de assistir a um
documentário produzido sobre a vida do grande Vinícius,
com participações de Mônica Salmaso, Olívia Byington,
Chico Buarque, Maria Bethânia cantando músicas suas,
além de muitos familiares contando sobre sua vida.

Vinícius de Moraes se destacou no teatro, televisão,
música e em vários outros tipos de linguagem
artística. A sua antologia poética até hoje
vem sendo cobrada nos vestibulares, por fazer
parte dos Modernistas das Gerações de 30,
45 e 60 junto de nomes como Oswald de Andrade,
Mário de Andrade, Raquel de Queiroz e mais
escritores da época.

De grande influência para as novas gerações,
Vinícius têm suas músicas aos 4 cantos do mundo,
e uma vida de grandes emoções e histórias
de tirar o fôlego de tão interessantes.

"Em 1956, montou a peça "Orfeu da Conceição", com cenário de Oscar Niemeyer e música de um jovem pianista que lhe foi apresentado por Lúcio Rangel, no Bar Gouveia, em frente à Academia Brasileira de Letras: Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. A trilha sonora incluiu "Lamento no morro", "Se todos fossem iguais a você", "Um nome de mulher", "Mulher sempre mulher" e "Eu e você". As canções foram lançadas em disco por Roberto Paiva, Luiz Bonfá e Orquestra. Desse encontro, nasceria uma das mais fecundas parcerias da MPB, que marcaria definitivamente a música brasileira. A peça estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. No mesmo ano, o fox "Loura ou morena" foi gravado por Joel de Almeida." (Dicionário Cravo Albim)

Nomes como Elizete Cardoso e Joyce gravaram CD's em homenagem
ao poeta.





Compositor de centenas de sonetos, destaco este,
o qual eu acho o mais bonito.

SONETO DE SEPARAÇÃO

Vinícius de Morais

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Antologia Poética)





Ao lado de Toquinho, podemos destacar o clássico:

Pela Luz dos Olhos Teus

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar

Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
Me sinto incendiar

Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais larirurá

Pela luz dos olhos teus
Eu acho, meu amor
E só se pode achar
Que a luz dos olhos meus
Precisa se casar






Já ao lado de Tom Jobim, temos:

A Felicidade

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor




O que podemos dizer, é que Vinícius nos faz falta,
sua poesia nos faz falta, sua música nos faz falta...

Pra Sempre Vinícius!

Até Jazz!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

Por Nelson Motta

Harmonias e dissonâncias
02 de julho de 2010 | 0h 00
Nelson Motta - O Estado de S.Paulo

Todos gostam de música, muitos fazem dinheiro com ela, ninguém imagina a vida sem ela, mas como os seus criadores podem viver do seu trabalho? O assunto interessa não só aos compositores, porque envolve liberdade de associação e de expressão, quando se discute se o Estado deve participar da arrecadação e distribuição de direitos autorais no Brasil.

Aqui, a arrecadação é feita por um escritório central, o ECAD, criado, administrado e controlado por sociedades privadas de autores musicais, como a UBC, SICAM e outras. O ECAD cobra direitos dos que usam as músicas para ganhar dinheiro com elas (rádio, TV, shows, festas, publicidade, clubes) e os repassa às sociedades, que os distribuem entre seus autores, proporcionalmente à quantidade de execuções públicas de cada música no período monitorado.

É um sistema correto e efetivo, que dá a cada um a sua parte pela utilização comercial de sua criação. Nos Estados Unidos e na Europa funciona muito bem. Se aqui há falhas, falcatruas ou ineficiência, o problema é de gestão e fiscalização, e deve ser resolvido entre o ECAD e as sociedades que representam os compositores, intermediados pela Justiça. O Estado não entende nada disso, e já morde 25% de impostos sobre direitos autorais sem tocar uma nota.

Quando se canta o velho refrão de uma sociedade arrecadadora estatal, ouve-se cabide de empregos, aparelhamento partidário, altos custos e burocracia. No mundo moderno, as sociedades de autores são empresas comerciais, que fazem tudo para ganhar o máximo de dinheiro para seus associados. Como qualquer empresa, competem no mercado, buscam eficiência administrativa, novas tecnologias, prestam contas, são auditadas, podem ser processadas e liquidadas legalmente. O que é que o Estado tem a ver com isso?

Pode soar como pleonasmo ou redundância, mas é uma evidência: quem tem a autoridade é o autor, quem criou é que decide o que se faz ou se deixa de fazer com a sua criação.
Cabe à Justiça julgar os conflitos com base na legislação (que precisa ser modernizada), e ao Estado, garantir os direitos e o cumprimento da lei. Já é muito.

Tinha Cá Pra Mim, Que Agora Sim, Eu Vivia Enfim, O Grande Amor...

Samba do Grande Amor é uma brincadeira sensacional
que Chico compôs sobre temas diversos, que envolvem
promessas pagas para Oxumaré, mescla o Brasil inteiro,
Mentiras, Pular de trampolim e tantas outras coisas
que só Chico sabe trabalhar para que virem
músicas.





Até Jazz!